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ENGAVETAMENTO

Toda história de acidente começa com a gente dizendo que não teve culpa de nada e essa não é diferente. A cena aconteceu na av.Tancredo Neves em São Paulo dia 20 de setembro de 2007 às 10:30 h quando estava parado em um farol. Um distraído motorista de um Pegeot Partner que vinha logo atrás, nem se deu conta que eu estava parado e se chocou contra o Del Rey o arremeçando na traseira de um Corolla que por sua vez foi arremessado na traseira de um Uno. Ninguém se feriu, mas o resultado da distração está aí na foto.

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O resultado foi a perda dos grupos óticos traseiro e dianteiro, parachoques, painel traseiro, grade dianteira e amassamento dos para-lamas direitos. parece que não foi tanto, mas devido ao baixo valor comercial do Del Rey possivelmente será considerado PT (Perda Total).

DMON
DESMONTAGEM TOTAL

Decidimos desmontar parte do Del Rey em nossa garagem antes de mandá-lo para uma oficina a fim de avaliar os danos do acidente e procurar antigos pontos que já estavam necessitando de reparos. Começamos com a retirada dos bancos. O traseiro foi fácil, já os dianteiros só conseguimos tirá-los através da soltura de suas porcas por baixo do carro. Eles sairam com trilho e tudo.

Deu PT mesmo, mas devido ao grande valor estimativo que temos pelo carro, resolvemos enfrentar o desafio de colocar o Del Rey em forma de novo, a proposta de compra da seguradora foi prontamente rejeitada e feito um acordo que deve cobrir parte dos gastos para uma completa restauração.

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Não pretendia ir tão a fundo, a idéia era tirar apenas os faróis e lanternas quebradas e deixar o resto para o funileiro, mas o Rapha insistiu e olha só no que deu, acabamos desmontando quase o carro inteiro.
 

 

Na foto o Rapha desmontando o carro em que tanto viajou desde seu primeiro ano de vida

Os bancos apresentam sinais de desgaste, muito mais pelos 380.000 Km do que pelos 21 anos de uso. Pretendemos trocar espuma, já bem cansada e tecido seguindo o padrão de originalidade.

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ACHADO ARQUEOLÓGICO

Durante a desmontagem do interior uma surpresa, ao ser retirado o revestimento da lateral traseira direita apareceu esta tampa de caneta que se for de ouro, paga a reforma e ainda sobra pra comprar um Guia. Brincadeiras à parte, ela está lá no mínimo à 13 anos, tempo que o carro me pertence e que posso garantir que o tal revestimento nunca saiu de lá. Mesmo que não seja do cobiçado minério, será guardada para comprovar a história.

Com a retirada do capô, a desmontagem da frente fica bem mais fácil. Ele sai com tanta facilidade como a tampa traseira, é só retirar suas quatro porcas. Para uma manutenção mecânica mais extensa, como a retirada do motor ou mesmo cabeçote, não exite em retirá-lo.

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Na colisão o suporte do para-choques amassou e tudo indica que será difícil retirá-lo.

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SEÇÃO FERRUGEM

Nesta sequencia de fotos poderão ser observados os pontos de possível corrosão no Del Rey, assim se você tem um, poderá saber mesmo sem desmontá-lo, quais as áreas mais críticas de corrosão de sua carroceria. Começou a desmontar, começou a aparecer. Não poderia ser diferente, já que este carro nunca deve ter sido desmontado (a não ser um ou outro ítem para pequenas reformas) ao longo de seus 21 anos. Na foto aparece onde o paralamas é fixado na estrutura do monobloco e a ferrugem explica porque o paralamas se soltou tão fácil em sua parte inferior, já que lá existia a fixação por dois parafusos, mas a ferrugem destruiu tudo.

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"Pés" dos para-lamas também oxidados.

Interessante plaqueta de identificação fixada na parte inferior do para-lamas dianteiro direito após a retirada do grupo ótico.

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Porém a mesma plaqueta que é fixada através de rebites, gerou acúmulo de água e provocou oxidação.

Assoalho dianteiro com um "pequeno" buraco. Incrivelmente nenhuma infiltração de água havia sido notada, o que comprova que a forração original dos Del Rey era muito bem feita.

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Este ponto de oxidação no batente da porta só não estava pior devido às contantes pulverizações com óleo tipo "WD 40" que era aplicada no Del Rey após todas as lavagens.

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Aqui na moldura da janela a coisa parece que vai ser feia.

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Mais uma fonte de acúmulo de água e que fatalmente enferrujou.

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A caixa de estepe também precisará ser reparada

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A quantidade de ferrugem era maior do que a esperada. Um trabalho extenso de restauração vem aí pela frente.

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Na mesma região do lado direito a moldura da janela está bem enferrujada, o que demonstra uma área que necessita de grande atenção de quem possui um Del Rey.

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De todas as peças da carroceria, a única que não oferecia condições de restauro foi o painel traseiro. Ate pensamos em retaurá-lo, mas devido ao acelerado estado de oxidação e também por já ter sofrido com reformas anteriores de pequenas colisões, achamos melhor substituí-lo por um novo

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Novo painel traseiro instalado

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O painel traseio instalado foi um da marca IGP, comprado pela importância de R$135,00. Talves umas 5 ou 6 vezes mais barato que o original, porém parte da economia da compra foi consumida pelos 3 dias e muita paciência do funileiro necessários para ajustá-lo à carroceria e encaixe das lanternas.

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Muito trabalho de alinhamento do painel traseiro à carroceria para ser feito.

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OPERAÇÃO TAPA BURACOS

Na batida a traseira "enrrugou", mas depois de um delicado serviço de desamassamento, voltou ao lugar.

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Uma nova chapa foi soldada no lugar da original que estava totalmente oxidada. Massa, só no acabamento.

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Remendo na base da coluna "B".

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Absolutamente todos os remendos foram feitos com chapas, visando não só a estética mas a resistência mecânica da carroceria.

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Os pontos de corrosão foram recortados e em seu lugar soldada uma nova e resistente chapa. Tapá-los com a chapa soldada teria sido mais fácil mas o processo de corrosão continuaria e o serviço seria apenas provisório.

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Pés de coluna foram bem reforçados, já que esse é o lugar onde fixa-se o macaco nos Del Rey.

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Caixa de estepe recuperada, só falta fazer o furo para dreno e localizar um tampão de borracha.

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Fundo da caixa de estepe.

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O caixa do estepe também estava bastante fragilizada pela corrosão. A qualquer momento o estepe poderia cair no chão. Sendo assim foi totalmente removido.

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Primeira aplicação de massa somente para acabamento dos remendos metálicos mostrados na sequência de fotos abaixo. Antes da pintura, uma massa mais fina deverá ser aplicada para eliminar pequenas imperfeições da carroceria.

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Dois meses depois da carroceria montada e a funilaria sendo dada como pronta (a foto data do final de dezembro de 2007) , descobrimos que a parte dianteira não ficou tão boa assim. Faltavam alguns parafusos e o alinhamento não ficou satisfatório. Com uma certa dose de perfeccionismo decidi desmontar toda a frente em minha garagem novamente. Sendo assim a etapa da pintura foi adiada.

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Foi bom ter desmontado, já que acabamos descobrindo que na pressa de terminar o serviço o funileiro "esqueceu" de recuperar as ponteiras dos para-lamas.

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As ponteiras dos para-lamas foram compradas por R$15,00 cada, com isso serão mantidos os para-lamas originais e trocadas apenas as partes danificadas.

Para esse trabalho estou contando com "paitrocínio". O artesão aí da foto é ninguém menos que meu pai, cortando as ponteiras oxidadas em sua serralheria. Com isso somam-se três gerações trabalhando na recuperação do Del Rey já que eu e meu filho já entramos na "dança" faz tempo. Só que agora vou ter que ter paciência já que esses para-lamas vão passar no mínimo uns 15 dias aí na serralheria do perfeccionista sr.Getúlio.

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"Paitrocinado" novamente os para-lamas estão sendo soldados com o processo Eletrodo Revestido, que não é o mais indicado na soldagem de chapas finas como as da carroceria, já que sua tendência a perfuração deste tipo de chapa é muito grande. O mais adequado seria fazer o trabalho com MIG/MAG ou mesmo com Oxiacetileno, mas já que não os temos a habilidade de um profissional de mais de 50 anos de experiência e seu amor e carinho vão ter que fazer a diferença.

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Para-lamas já ponteados na posição correta, agora é só reforçar com solda.

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Especialidade do Rapha, limpeza é com ele mesmo.

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Rapha mandando ver na lavagem com máquina de alta pressão, sem medo de ser feliz. Agora é só esperar um bom Sol para secar bem,antes de emborrachar.

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Tampões removidos para o escoamento da água durante a lavagem. Todos estão bem guardados para um dia voltar ao seu lugar.

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A resultante é uma película de borracha que imperabiliza, protege contra a oxidação e elimina ruídos. O maior problema foi convencer a minha mulher que a tinta que caiu no chão vai sair depois.
Devido à grande viscosidade do produto, a aplicação foi feita com a "pistola" de pulverização além da tradicional de pintura que provavelmente entupiria com muita facilidade. A aplicação é extremamente fácil, mesmo ser ter experiência como pintor fui capaz de executá-la razoavelmente bem. O maior cuidado é com a preparação da superfície, que tem que estar extremamente limpa para a perfeita aderência do produto. Na seqüência serão emborrachados os para-lamas traseiros, interior do porta-malas, capô e habitáculo.

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Pistola de pulverização sendo usada no emborrachamento da parte inferior dos para-lamas.

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Até agora somente peças novas e de marcas de reconhecida qualidade foram adquiridas. As mais difíceis de serem localizadas até agora tem sido as de acabamento, como os frisos da carroceria por exemplo.

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Um par de calhas acrílicas devem substituir as de plástico que estavam instaladas e que com o tempo ressecaram e perderam a transparência.

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Todas as borrachas e guarnições serão substituídas por novas. Aqui um gasto nem sempre considerado por muitos desde o início de uma restauração, mas de valor significativo. Se for comprar todas originais prepare uns R$1.000.00. Eu arrisquei em marcas conhecidas do mercado paralelo, sendo assim gastei um pouco mais da metade disso.

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Na foto acima os borrachões laterais, no meio as guarnições dos quebra-vendos compradas por absurdos R$120,00 (preço pago pela garantia de qualidade do timbre Ford) e as pestanas e guarnições das canaletas das janelas laterais dianteiras.

Os Pirelli P4 que haviam sido instalados 15 dias antes do acidente e rodado somente 500Km irão voltar ao seu lugar. Os mesmos foram removidos durante o trabalho de funilaria e substituídos por outros mais "malhados" para sofrerem durante o processo em seu lugar.

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Há três anos comecei a comprar peças para um dia restaurar o Del Rey e comecei a guardar tudo em uma geladeira velha no fundo do quintal, na hora era ganhou um apelido "A Geladeria do Del Rey". Quem espera encontrar uma cerveja gelada aolado da churrasqueira tem sempre uma surpresa.
A restauração completa estava prevista para os próximos5 ou 6 anos, porém o acidente em que o Del Rey se envolveu vai fazer com que elas sejam usadas antes do tempo previsto

Pintura
INICIA-SE A PINTURA

Quase seis meses após concluída a parte de funilaria o Del Rey retorna à oficina agora para a pintura geral.
A carroceria foi ainda mais desmontada e lixada para a aplicação de uma pintura de fundo antes da pintura de acabamento

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Novas bases para fixação dos para-lamas foram criadas, já que as originais foram deterioradas pela oxidação.

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Maçanetas e vidros laterais removidos para receber a pintura

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O para-brisas dianteiro, último vidro que ainda estava instalado, foi removido e uma primeira base da cor azul foi aplicada para se observar pequenos defeitos da carroceria que ainda serão solucionados.

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Devido ao tamanho avantajado da porta dos Del Rey, as dobradiças acabam apresentando folga com o tempo (um problema crônico herdado do Corcel II), sendo assim a porta teve que ser removida para serem reparadas.

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Além de sua substitução, optamos por reforçá-las com a soldagem (mania profissional) de arruelas de reforço. O trabalho foi lento e não tínhamos certeza de que ia dar certo, mas como já estavam ruins resolvemos arriscar.

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O resultado final ficou ótimo. Ficaram resistentes e mantiveram o alinhamento da porta, nem parece que um dia saíram de seu lugar.

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As primeiras demãos de tinta de acabamento começam a ser aplicadas na partes móveis da carroceria. Na foto acima a tampa do porta-malas ainda sem a demão de verniz. Alguns defeitos apareceram nesta peça depois de pintada, por isso ela foi inteiramente raspada e repintada.

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Capô dianteiro já com o bonito brilho do verniz, que também foi aplicado do lado de dentro.

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Os novos componentes da parte frontal foram pintados e envernizados, o resultado ficou impecável, espero que também durável, já que muitos pedriscos de estrada vão bater aí.

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Na carroceria não foi economizada tinta, nove demãos foram dadas. Agora uma fina lixa será aplicada sobre o verniz e dado o primeiro polimento. A ansiedade pelo resultado é grande, mas dois ou três dias ainda serão necessários.

Até pequenos detalhes que nem vão aparecer tanto depois da montagem foram cuidadosamente limpos.


 

O motivo?

 

Além do zelo, desculpa para abrir mais uma Bohemia enquanto fazia o serviço.

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Hora da limpeza dos vidros antes de sua montagem. Muito medo de quebrar um deles nesta operação, já que todos ainda são originais.

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Depois de tantos anos com o Del Rey ainda descubro detalhes como este. A data de fabricação por baixo da guarnição de borracha do para-brisa traseiro comprova a originalidade.

Há quase um ano do início da desmontagem, a mesma continua. Agora foi a vez dos quebra-ventos. Por serem pares, somente um deles foi desmontado, ficando o segundo como modelo, e só depois do primeiro ser montado é que o segundo passará pelo mesmo processo.
A regra é a mesma: a) Desmonta. b) Avalia. c) Está bom, limpa. d) Está ruim, substitui.

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A base do quebra vento também foi atacada pela ferrugem e terá que ser substituída junto com o eu par. Merecia ir para a seção ferrugem.

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O interessante sistema de catrata e pêndulo que controla o cinto de segurança retrátil, não escapou do esquema: desmonta, avalia, limpa e neste caso, lubrifica e monta outra vez.

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Dois meses de estaleiro foram necessários para corrigir os problemas da primeira seção de funilaria e também a pintura ficar pronta.
Agora, ferrugem e pintura queimada são coisas do passado

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O alinhamento ficou o melhor possível para uma carroceria que tem tanta história para contar.

Ítens como o tanque foram desmontados e pintados fora. O interior também recebeu uma boa demão de tinta e um dia após sua retirada da oficina ele passou por uma lavagem dominical para tirar a poeria, que não era pouca do interior.
Próxima etapa..............Elétrica.

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ELÉTRICA FASE I

Uma revisão elétrica foi feita pelo caprichoso eletricista "Kadu", incluindo a instalação do novo grupo ótico.

 

O chicote elétrico foi examinado minuciosamente e eliminados os fios inúteis de antigas "gambiarras" e os ressecados e em mal estado foram substituídos.

 

Esta etapa foi chamada de Fase I, já que após a etapa da tapeçaria o Del Rey volta para o auto-elétrico para acerto de mais algiuns ítens.

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Um dos soquetes e lâmpadas de farol tiveram que ser substituídos

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Agora faróis e lanternas funcionam de verdade.

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Os circuitos das lanternas traseiras também foram substituídos por novos, os antigos já pediam clemência a bastante tempo, assim como todas as lâmpadas.

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O QUE SIGNIFICA H4 NA LENTE DO FAROL?
 

Significa que o farol está equipado com lâmpadas alógenas. As lâmpadas halógenas possuem luz mais branca e brilhante, que possibilitam realçar as cores e os objetos com eficiência energética maior do que a das lâmpadas incandescentes comuns.Em termos de economia, as lâmpadas halógenas oferecem mais luz com potência menor ou igual à das incandescentes comuns, além de possuírem vida útil mais longa, variando entre 2.000 e 4.000 horas.Não é recomendado que toquemos o bulbo da lâmpada halógena com as mãos. Estas lâmpadas possuem gases halógenos internamente e devido ao seu princípio de funcionamento, acabam atingindo altas temperaturas. Neste caso, são fabricadas com um bulbo à base de quartzo que resiste à estas temperaturas, o que no caso do vidro, não seria possível.O quartzo possui ranhuras e sofre pequenas dilatações durante o funcionamento da lâmpada.Se tocarmos a lâmpada com as mãos, ao se retirar da embalagem por exemplo, a gordura presente em nossas mãos pode se depositar nestas ranhuras. Definição by Paulo Balogh.

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Devido à inexistência do conector do circuito da lanterna direita, Kadu instalou terminais.

Eletrica 2
ELÉTRICA FASE II

Motor de partida e alternador são retirados para serem revisados na segunda etapa da parte elétrica. A bateria terá que ser substituída.

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ELÉTRICA FASE II

Motor de partida e alternador são retirados para serem revisados na segunda etapa da parte elétrica. A bateria terá que ser substituída.

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A segunda contratada consertou o serviço mal feito, instalou os laterais, as calhas e constatou que o funileiro havia perdido a metade das peças. A oficina teve que providenciar o que faltava, juntamente com o par de bases dos quebra-ventos que estavam quebrados, além de fazer a difícil troca de suas guarnições.

Os vidros foram para o seu lugar. Mas como tudo durante este trabalho, não foi fácil. Foram duas as vidraçarias contratadas para fazer o serviço, a primeira delas foi experimentada na instalação dos para-brisas dianteiro e traseiro e o serviço foi reprovado, deixando muito a desejar. Guarnições soltas, sujeira de cola e acabamento mal feito.

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A aplicação e remoção da última camada de cera foram realizadas antes da montagem dos acabamentos externos (frisos, borrachões e emblemas) com uma politriz comprada exclusivamente para o serviço.

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Rapha fazendo a montagem dos últimos detalhes externos com todo o cuidado. Note que a pintura virou um espelho.

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Detalhes importantes como o Manual do Proprietário não podem ficar de fora. O envelope da Concessionária Julio Paixão Filho é o original.

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O brinde já está sendo preparado para celebrar a finalização da montagem externa.

ELÉTRICA FASE II

Motor de partida e alternador são retirados para serem revisados na segunda etapa da parte elétrica. A bateria terá que ser substituída.

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Como o carro ficou imobilizado por mais de um ano, foi providenciada uma regulagem do motor, incluindo a troca de velas, cabos, rotor, tampa de distribuidor, óleo e todos os fitros, além de uma limpeza do sistema de arrefecimento que é tratado mais detalhadamente no tópico "Manutenção e Conservação".

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Uma volta ainda com o interior depenado (sem carpetes e forrações). Ele será usado assim por uns tempos para verificar possíveis pontos de infiltração de água e depois será calafetado.

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Aos poucos os detalhes internos começam a voltar ao seu lugar e o console depois de limpo foi reinstalado. Até uma pequena lâmpada de existência desconhecida de dentro de cinzeiro voltou a acender depois de substituída. Descobertas ainda acontecem, mesmo depois de quase 14 anos de convivência.

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Nem tudo é uma maravilha. Depois de montada, a conexão entre o cano que envia o álcool e o tanque surgiu um vazamento do combustível. A primeira providência foi trocar o anel de borracha mas o vazamento continuou. Após diversas tentativas com silicone, massa de calafetar, etc , suspeitamos que o cano deformou-se com o impacto traseiro e o Del Rey teve que voltar a um funileiro (outro) que tentou fazer o cano voltar ao formato original. Bate daqui, bate dali e .................o vazamento diminuiu, mas continuou. Desmontei tudo de novo e passei um pouco de cola do tipo "super bonder". Se vai funcionar, o tempo dirá.

 

Se o trabalho de restauração do Del Rey tivesse como objetivo colocá-lo sobre cavaletes o problema estava resolvido mas como o plano de aposentadoria ainda não é cogitado , com vazamento de combustível não dá.

A cola também não foi suficiente para resolver o vazamento. Desmontado tudo pela "enésima" vez e com mais calma percebemos que o orifício do tanque também se deformou (inconvenientes de uma batida). Com um pequeno martelo fui rebatendo a borda, que fica virada para dentro do tanque, o furo voltou ao formato circular e a borracha entrou sob pressão vedando o tanque. Deu trabalho, mas resolveu. E o melhor de tudo: sem gambiarras.

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REFAZENDO O MOTOR

Apesar de se apresentar em ordem, decidimos refazer o motor que já havia rodado 130.000Km depois da última retífica. Só que desta vez o trabalho será feito em nossa garagem/oficina, ou pelo menos até que nossos conhecimentos em mecânica permitam.

Já sem o capô, as peças começam a ser retiradas para facilitar a remoção do velho CHT.

MOTOR
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Aqui o motor já sem os agregados e prestes a sair do cofre.

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Já que decidimos meter a mão na massa, compramos uma talha com capacidade de 500Kgs para a remoção do motor.

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Na foto abaixo as peças, todas novas e de marcas reconhecidas, que substituirão as antigas. No sentido horário, jogo de camisas/pistões/bielas, bomba de óleo, bomba de combustível, válvula termostática, cebolão, velas, kit de embreagem, bomba de água, jogo completo de juntas, kit de corrente de comando, anéis, bronzinas das bielas e macais.

Na foto abaixo fica claro o motivo da substituíção dos pistões na conversão para gasolina. Redução da taxa de compressão através da cavidade do pistão e conseqüente aumento da área onde ocorre a combustão. Os motores a gasolina não admitem o uso de uma taxa tão alta quanto a dos motores a álcool.
Outras alteração necessárias são a substituição da válvula termostática e interruptor da ventoinha (cebolão) (os motores a gasolina trabalham mais frios), velas, além da conversão do carburador através da troca de seu reparo.

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A substituição ou manutenção da bomba de óleo é recomendável toda vez que se abre o motor, caso contrário a irregularidade de seu funcionamento poderá por todo o trabalho a perder. Como no caso do Del Rey ela foi encontrada facilmente a um custo razoável, foi substituída por uma nova.

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Rapha substituindo o kit de embreagem.

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Aqui a substituição do conjunto engrenagens / corrente / esticador do comando de válvulas. O maior cuidado deve ser quanto à atenção na montagem das engrenagens, suas marcações devem estar uma voltada para a outra.

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Importante aperto do cabeçote de acordo com o torque especificado pela fábrica em duas etapas, a primeira de 5,0 a 5,5 Kgf.m e a segunda de 6,0 a 6,5 Kgf.m, sempre de forma cruzada para distribuir as folgas.

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Regulagem das válvulas: Suas aberturas são determinadas por lâminas, sendo a de admissão com 0,15 mm e escapamento com 0,20 mm a frio. Após 2.000Km os parafusos do cabeçote devem ser desapertados 1/4 de volta e novamente reapertados de acordo com o torque especificado e as válvulas reguladas novamente.

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Troca do kit do carburador Solex H 30-34 BLFA pelo equivalente a gasolina. Uma necessidade neste tipo de conversão.

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Vista parcial da nova bomba de água e a substituição do carvão de acionamento da embreagem eletromagnética da ventoinha (à frente do terminal).

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Motor montado e pronto para ser instalado no cofre.

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O ponto de ignição será acertado experimentalmente a 15° de adiantamento para evitar o fenômeno de batida de pino. Efeito que pode provocar o derretimento da cabeça dos pistões, devido a elevação da temperatura na câmera de combustão.

O motor foi instalado e regulado depois de uma maratona de mais de uma semana de horas vagas aqui na garagem. Após mais uma visita no auto elétrico para checar a "segunda fase da parte elétrica" (alternador/arranque/bateria), uma breve voltinha no bairro, sem capô e protetor de carter, revelou um pequeno vazamento de óleo em um dos parafusos de fixação do carter, provavelmente um reaperto deve solucionar o problema.
A diferença de desempenho com gasolina, a princípio está imperceptível com relação ao álcool. Já a facilidade de partida e funcionamento estão muito melhores

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A VEZ DOS FREIOS

Um estranho ruído no momento em que o freio era acionado, surgiu na viagem à Campos do Jordão que visava testar o comportamento do motor em uma subida de serra de grande altitude. Estranho porque o sistema havia sido inteiramente revisado a 17.000Km e trocados discos, pastilhas, lonas, cilindros de acionamento, fluido, etc.

 

Sendo assim o Del Rey seguiu para uma oficina especializada em freios para um check up geral.

Problemas no pistão foram identificados como causadores de falta de retorno das pastilhas direitas, o que também provocou seu desgaste prematuro. As pastilhas do lado esquerdo apresentavam bom estado, mas como tratando-se de freio as trocas devem ser aos pares, o conjunto foi substituído. Além disso, serviços de vedação do sistema foram necessários além da reposição de fluido, aumentando um pouco o orçamento. Mas quando o assunto é segurança...

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REVEST
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REVESTIMENTO INTERNO

KPO aplicado no batente do porta-malas

 

Como planejámos fazer nossa próxima viagem em uma região de bastante frio, partimos para a ação.
A primeira providência foi levá-lo a outra oficina, onde foram detectadas e sanadas as falhas no assoalho e aplicada uma resina chamada "KPO", que ao solidificar-se torna-se tão rígida quanto a chapa da carroceria e veda todas as fissuras nas junções das chapas.

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KPO sendo aplicado nas frestas do interior da carroceria.

Desde a sua desmontagem completa que o Del Rey roda feito um franciscano, com revestimento somente no teto, seu assoalho está na chapa e assim ele foi até o Uruguay. A princípio pensamos que ele iria ficar parecendo um stock car, já que era de se esperar que os rúídos não seriam absorvidos pelo expesso material fono-absorvente que trazia originalmente, mas até não foi tanto assim. o motivo da demora da instalação destes acabamentos, que tanto aumentam o conforto e aconchegância do interior foi que o funileiro deixou inúmeros pontos de infiltração de água e decidimos que enqunato não sanássemos todos iríamos andar na "lata" e assim foi por mais de dois anos, provando que o próvisório tem muito talento para se tornar definitivo

Chegando em casa fomos fazer uma teste prático da eficiência do processo onde foi aplicado o KPO com diversos jatos de água a alta pressão e não constatamos nenhum vazamento. Mas como nada é perfeito, pelas borrachas de vedação dos batentes das portas ainda entrava muita água e com algumas horas de nosso final de semana conseguimos resolver o problema regulando as dobradiças das portas.

Com a água do lado de fora, partimos para o próximo passo, a aplicação de uma manta aluminizada termo-acústica, muito utilizada pelos instaladores de som. O investimento até que não foi tão grande, com R$68,00 compramos material suficiente para revestir todo o interior em uma loja de revestimentos residenciais (apesar da que compramos ser de uso exclusivo automotivo) e economizamos na mão de obra fazendo o bom e velho método do "faça você mesmo".

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Rapha aplicando a manta aluminizada.

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Instalação de feltro sobre a manta aluminizada.

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Após higienização e secagem o carpete original, que encontrava-se em ótimo estado de conservação, foi reinstado.

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